terça-feira, 29 de setembro de 2009

13° Encontro - 02/09/2009

Para iniciar este encontro apresentei o vídeo “Sapateado e Liderança” que traz como mensagem a determinação em alcançarmos nossos objetivos e a importância do trabalho em equipe.

Como havia pedido no último encontro os professores trouxeram materiais para a produção escrita do projeto, eu também pesquisei e levei textos com orientações sobre ‘Como montar um projeto’. Durante o encontro, com o auxílio da Internet, mostrei exemplos de alguns projetos em andamento já postados por colegas que também atuam na área da leitura, enfatizei sobre a importância de cada cursista construir seu projeto, pois cada escola apresenta necessidade peculiar a seus alunos. Após a leitura e análise dos textos apresentados, também houve discussão sobre o tema do projeto – leitura – e interdisciplinaridade, eles comentaram que o grande desafio seria convencer outros professores a se comprometerem com o projeto. Lembrei-os da importância da leitura e para que argumentassem atraindo seus colegas a participarem. Então construíram o esboço do projeto. Os professores estavam ansiosos pela produção escrita do projeto, tendo em vista que algumas atividades referentes à leitura, nosso tema, já estão sendo desenvolvidas.

Ao encerrar o encontro todos concordaram que a prática pedagógica apresenta mudanças a partir dos estudos e troca de experiências durante as oficinas, por isso a socialização do vídeo “Sapateado e Liderança” veio ao encontro de nossa proposta de formação continuada.

12º Encontro - 26/08/2009

Nesta oficina a coordenadora do GESTAR, Ângela Maria Fernandes, estava presente e iniciou dando boas-vindas a todos, também foi acolhida por mim e pelos cursistas, pois sua participação nos encontros é sempre satisfatória. Os professores iniciaram os relatos das atividades desenvolvidas, logo depois fomos à discussão a partir da releitura de partes relevantes das unidades 19 e 20 do TP5.

A proposta da oficina foi elaborar um texto publicitário explorando a construção de significados de múltiplas maneiras. Após a análise prévia do texto publicitário sugerido no material, alguns cursistas resistiram à produção, então conversei sobre as produções pedidas aos nossos alunos e o que somos capazes de produzir, refletiram e assim, professores cursistas, produziram e apresentaram seus textos. Ficaram contentes com o resultado, elogios foram tecidos entre colegas, pois as produções ficaram muito boas, por fim lembramos do texto “A escrita é uma prática e não uma dádiva” apresentado em um dos encontros.

Para finalizar pedi para que trouxessem para o próximo encontro material para a produção escrita do projeto.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

11º Encontro - 19/08/2009

Iniciei o encontro convidando os professores a socializarem as atividades desenvolvidas em sala de aula, a interação aconteceu de forma descontraída e amistosa, assim o clima ficou propício à discussão de novos conceitos à medida que as dúvidas surgiam. É importante lembrar que alguns relatos dos 'Avançando na prática' correspondem a TPs diferentes aos estudados nas oficinas, pois há professores que, por motivos já justificados, ainda não aplicaram algumas atividades.
Em seguida fiz a releitura de alguns tópicoss das unidades 17 e 18 do TP5 conforme foi pedido no último encontro. Os professores sentiram necessidade de retomarem os estudos referentes ao TP5, analisando e discutindo cada unidade, visto que estilo, coerência e coesão são temas relevantes e geram dúvidas em sala de aula. As atividades propostas foram desenvolvidas e socializadas, auxiliando a prática pedagógica.
Todos saímos satisfeitos da oficina com o propósito de seguirmos fazendo a releitura das unidades 19 e 20 para o próximo encontro.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

2ª Etapa - 05/08/09


O encontro presencial, após o retorno às aulas e à segunda etapa de formação do programa GESTAR, foi um momento para a socialização dos estudos realizados em Balneário Camboriú. Os cursistas estavam ansiosos por novas informações a respeito do programa, e como formadora, eu também estava entusiasmada com as experiências relatadas, as novidades repassadas pela formadora-UnB, Andréia, e por colegas formadores, deixaram professores cursistas mais motivados, mais fortes para vencerem os desafios que porventura apareçam e felizes pelas conquistas realizadas até o presente momento.
Professores e alunos que participam do programa GESTAR II relatam suas experiências e mostram-se interessados e entusiasmados com a nova proposta de ensino/aprendizagem. A formação continuada oferecida pelo Gestar II vem, por meio das atividades propostas, seguidas de teorias que a complementam, contribuir para este crescimento.

domingo, 6 de setembro de 2009

Memorial Reflexivo

Há uns anos atrás toda menina sonhava em ser professora, o meu sonho não era diferente, meu pai queria que eu seguisse seus passos de comerciante, ele tinha um pequeno comércio, aqui chamávamos de venda. Mesmo sem ter completado as séries iniciais e minha mãe não ter completado a oitava série, lembravam-nos sempre sobre a importância do estudo.
Adorava ouvir as leituras de minha mãe, eu sentava ao seu lado e ela lia revistas, gibis, romances, poemas... doces recordações. Tomei gosto pela leitura. Trabalhava com meu pai e quando não tinha movimento na venda, tinha um livro comigo, às vezes alguém entrava e me encontrava chorando, logo me explicava dizendo que a história era muito triste. Sempre fui meio sonhadora e sentimental, me comovia com qualquer coisa. Não era muito estudiosa, mas tirava boas notas.
Era uma aluna tímida, aquela que o professor não lembra o nome, porque realmente este aluno não quer ser visto nem lembrado. Terminei a oitava série e então fiz a matrícula para o magistério, estava realizando meu sonho de criança. No último ano do curso em 1989 começaram os estágios, e foi uma experiência traumática. Assistir às aulas numa escola carente onde os professores precisavam cuidar também da família para que os alunos pelo menos frequentassem as aulas não era o que tinha sonhado. A história de cada criança me comovia, queria ajudá-los de alguma forma. Então decidi que não seria professora, terminei o curso e prestei vestibular para psicologia. Não passei. Decepcionada, voltei ao segundo grau técnico e fiz contabilidade, dessa forma não ficaria parada e ajudaria minha família no comércio. Meu pai ficou todo contente, pois era o que ele queria desde o início. Terminei o curso, nunca exerci a função e tampouco peguei o certificado.
Até que uma amiga prestou vestibular para o curso de Letras e durante o primeiro semestre conversávamos sobre as aulas, ficava entusiasmada, pois estava louca para fazer faculdade e ela me aconselhava a tentar o curso de Letras. Não me decidia, pois não conseguia me imaginar numa sala de aula, mas também não podia ficar parada, queria estudar, fazer algo mais. Tentei novamente e passei no vestibular para Letras. Era o destino me enredando.
Foram tempos difíceis, da minha cidade até a universidade, na cidade de Tubarão, eram quarenta quilômetros, viajava todas as noites e trabalhava durante o dia com meu pai. Essa foi a condição para ele pagar a faculdade, já que não me decidia achava que era besteira mais um curso. O empurrão foi de minha mãe que sempre me incentivou muito.
Fiquei apaixonada, encantada com curso de Letras, e descobria a cada dia o quanto ainda temos para aprender. Nas aulas de filosofia adorava repetir: “só sei que nada sei”, mas se estou aqui vou aprender! Mais tarde as aulas de literatura eram ministradas pela coordenadora do curso, carinhosamente todos a chamavam de D. Mariazinha, para mim ela era mágica! Sua sabedoria e sua simplicidade me deixavam impressionada. Além de trabalhar numa faculdade particular, lecionava em escola estadual com alunos de 5ª a 8ª séries, ela nos contava suas experiências e sobre a necessidade de auxiliarmos nossos adolescentes. Suas aulas me levaram a crer que eu também poderia ajudar nossas crianças ou adolescentes de alguma forma. Estudar a nossa língua, falar sobre ela, fazer leituras para emocioná-los era uma forma de mudar a vida, aliás, de crescer na vida.
Só quando terminei a faculdade é que entrei numa sala de aula, o salário de professora não pagava o curso então não podia deixar de trabalhar com meu pai para poder terminar o curso. Nos primeiros anos em que lecionei desejava voltar à faculdade e tirar todas as dúvidas que iam surgindo. Mais tarde aprendi que a experiência ensina muito, mas a força de vontade e o desejo de vencer parte de cada profissional, e são fundamentais para o sucesso tanto do professor quanto do aluno.
Logo que terminei a faculdade lecionei como professora contratada em escola estadual e em escola Particular numa turma de ensino médio, o Terceirão, preparando-os para o vestibular. Esta turma quase me deixava louca, talvez por minha insegurança ou inexperiência. Estudava muito para chegar em sala de aula ‘pronta’, ledo engano, nunca se está pronta numa sala cheia de adolescentes questionadores, contudo sempre vencia meus objetivos.
Enfim, valeu a pena todo meu empenho, em 1998, dois anos após o término da faculdade, passei num concurso municipal em primeiro lugar, assim me efetivei como Professora 20 h/a. pelo município e no ano seguinte, passei num concurso estadual em terceiro lugar, pude escolher uma escola próxima a minha residência, também com 20 h/a, e dessa forma me estabilizar profissionalmente.
Não paro, sempre me proponho a mudanças, a aprender mais, fiz pós-graduação em didática e metodologia do ensino e quando aparecem oportunidades de novos cursos estou aberta a novos conhecimentos. O programa Gestar será um desafio, os encontros entre professores, a troca de experiências feitas através das oficinas, com certeza é uma nova oportunidade para meu comprometimento com a educação e crescimento profissional e pessoal, oportunizando também a meus colegas – professores cursistas - para mais este aperfeiçoamento e a meus alunos regulares, a darem mais um passo rumo a novos caminhos que seguirão.

Carmem Lúcia de Abreu
15/06/2009